EUA - Trump: Espero que a Arábia Saudita normalize as relações com Israel

O presidente dos EUA, Donald Trump, enfatizou que acredita que a Arábia Saudita seguirá o Bahrein e os Emirados Árabes Unidos na normalização total das relações com Israel.

Em declarações a repórteres na Casa Branca, o presidente Trump disse que o reino saudita está entre alguns países que ele acredita estarem prestes a abrir relações diplomáticas com Tel Aviv, destacando que depois de falar com o rei Salman ele acredita que o país o fará faça isso na "hora certa".

"Temos muitos outros países que se juntarão a nós e eles se juntarão a nós em breve", disse Trump horas depois que Bahrein e os Emirados Árabes Unidos assinaram formalmente os documentos para normalizar os laços com Israel.

Além disso, o presidente americano aumentou o número de nações que, segundo ele, estão perto de seguir os passos das duas nações do Golfo Pérsico, depois de ontem antes ter sido informado que havia cinco ou seis nações.

"Teremos 7 ou 8, talvez 9. Teremos muitos outros países que se juntarão a nós, incluindo os grandes", disse Trump.

Durante a cerimônia de assinatura de ontem, Trump enfatizou que os acordos encerrariam "décadas de divisão e conflito" na região e acompanhariam o "amanhecer de um novo Oriente Médio".

"Graças à coragem dos líderes desses três países, estamos dando um grande passo em direção a um futuro onde pessoas de todas as religiões e origens vivam juntas em paz e prosperidade", acrescentou Trump.

Bahrein se tornou o quarto país árabe a estabelecer o policial relações diplomáticas com Israel, depois do Egito em 1979, da Jordânia em 1994 e dos Emirados Árabes Unidos em agosto deste ano.

Além dos acordos bilaterais assinados entre Israel e as nações árabes, os três países e os EUA assinam o pacto mútuo. Trump e sua administração o chamaram de "Acordos de Abraham".

O ministro das Relações Exteriores do Bahrein, Abdullatif bin Rashid Alzayani, descreveu os acordos como um "primeiro passo importante" para o estabelecimento de uma paz maior na região.

“Cabe-nos agora trabalhar urgente e ativamente para alcançar a paz e a segurança duradouras que nossos povos merecem. "Uma solução justa, abrangente e duradoura de dois Estados para o conflito palestino-israelense será a base desta paz", disse Alzayani.

Os acordos de normalização foram amplamente contestados pelos palestinos, que afirmam que tais acordos não servem à causa palestina e ignoram seus direitos.

A Autoridade Palestina afirmou que qualquer acordo com Israel deveria ser baseado na Iniciativa de Paz Árabe de 2002 no princípio de "terra pela paz" e não "paz pela paz" como usado por Israel.